quarta-feira, 9 de junho de 2010

Embalagens e o produto versus o serviço

Em http://www.over-packaging.eu/ encontra-se uma petição que pretende limitar a sobre-embalagem de produtos.

Ainda que em STP o problema da "sobre-embalagem" (ainda) não se faça sentir como noutros contextos, é urgente tomar medidas de penalizem importadores com perspectivas antiquadas, ou seja aqueles em que a ideia é ainda a venda de produtos, esquecendo que o enfase deve ser dado na utilidade ou serviço prestado, minimizando o impacto físico e energético.

Com efeito, dado o estado do ambiente e a forma como ainda se continua a explorar sem ter em conta os limites fisicos do planeta, neste enquadramento torna-se essencial que os produtos postos no mercado sejam avaliados numa perspectiva de ciclo de vida, considerando tudo o que foi necessário à sua produção e distribuição, como o que será desse produto depois da sua utilização.

Em São Tomé e Príncipe existe uma fábrica nacional de cerveja com duas marcas, sendo que numa delas a garrafa possui tara e está inserida num esquema de recolha, lavagem e reutilização. A cerveja bebe-se e a garrafa vai embora para voltar depois, ou seja o prazer fica sem a produção de resíduos. Já no caso das marcas importadas o mesmo não acontece, ou seja, a cerveja viaja milhares de quilómetros, é distribuída e depois de bebida fica a garrafa. O importador não tem responsabilidade sobre o produto e o País "ganha" mais um objecto que tem depois de decidir o que fazer... Claro que a sua reutilização ou reciclagem são possíveis mas as empresas em causa têm comportamentos muito diferentes que devem ser tidos em conta, de forma a que se possa caminha efectivamente para um comércio internacional mas justo.

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